sábado, 13 de junho de 2015

Direto do livro do Mestre Guichin Funakoshi, Karatê-Dô Kyohan.


EXAUSTÃO COM O TREINAMENTO

"Muitas pessoas se cansam depois de treinarem durante meio ano ou um ano. Esse estado de exaustão, que é comum e não restrito aos alunos de karatê, é crítico, e um aluno pode ser bem-sucedido ou desistir de acordo com suas atitudes durante esse período. Uma vez ciente desse estado de letargia, deve-se redobrar seus esforços e passar por esse período com inspiração espiritual reforçada. Se a pessoa se permitir tornar-se desencorajada nesse estado de cansaço mostra que não entende realmente nem aprecia o karatê. Portanto, se ele interromper o treinamento e desistir do karatê, ficará apenas com um entendimento superficial, pode-se dizer com propriedade que o conhecimento escasso é algo perigoso. Uma vez que tenha se iniciado no karatê para se beneficiar dele, tenha esperanças de que você continue a treinar plenamente até que obtenha um total entendimento dessa arte.
A causa mais comum desse estado de cansaço é observada quando o aluno acaba ficando para trás (comparado àqueles que iniciaram o treinamento ao mesmo tempo ou mais tarde) pelos mais diversos motivos: uma doença ou lesão, a incapacidade de utilizar os braços e as pernas tão bem como deseja (como resultado de tempo insuficiente de treino), ou a falta de um parceiro apropriado que o incentive e seja seu competidor nos treinos. Geralmente é por essa razão que se descobre um aluno que se torna cansado, perdendo o interesse e o entusiasmo. conscientemente parando de praticar kata na frente dos outros, lamentando com desculpas como “não sou realmente indicado para o karatê” até chegar a abandoná-lo definitivamente."

Mestre Funakoshi deixa claro que o esforço treino após treino, permite ao karateca um estado de espírito inabalável (Sochin) e vivenciar o karatê por completo! E para isso o karatê deve ser como água fervente, se você deixar, o fogo abaixa e ele esfria. (XI mandamento do Mestre)

Referência
FUNAKOSHI, Guichin. Karatê-Dô Kyohan: o texto do mestre 1º ed. – São Paulo: Cultrix, 2014. Páginas 55/56.


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