segunda-feira, 25 de maio de 2015

5º Campeonato Goiano FKIG

Neste final de semana (24 de maio de 2015) foi realizado na cidade de Goiânia mais uma etapa do Campeonato Goiano de Karatê Interestilos Esportivo, o evento contou com 350 atletas das cidades de Goiânia, Trindade, Brasília e Ouvidor.
A Academia de Karatê Garras do Tigre foi representada com 09 alunos nas mais diversas categorias, os resultados foram excelentes devidos as adversidades encontradas.

Resultados
Kata
Vitória dos Santos Oliveira – Campeã Feminina Infantil verde a preta
Alex Almeida – Vice-Campeão adulto faixa laranja
Erick dos Reis – Vice-Campeão Infanto Juvenil até faixa laranja
Leonardo Soares do Carmo – Terceiro colocado adulto faixa preta

Kumite
Alex Almeida – Campeão +70kg adulto até faixa laranja
Bruno Vicentini Bussola – Vice-Campeão +78kg Adulto faixa marrom e preta
Erick dos Reis – Terceiro Colocado -55kg Infanto Juvenil até faixa laranja
Leonardo Soares do Carmo – Terceiro colocado +78kg Adulto faixa marrom e preta
José Augusto Gonçalves – Terceiro colocado -78kg Adulto faixa marrom e preta
Iury Santana Goulart – Terceiro Colocado -68kg Adulto faixa marrom e preta
Vitória dos Santos Oliveira – Terceira colocada Feminina Infantil verde a preta
Vitor Meireles - Terceiro colocado Mirim A todas as faixas
Gabriel Meireles - Quinto Colocado Kumite Mirim C branca e amarela


Mais uma vez quero agradecer ao Prefeito de Ouvidor Onofre Galdino e a primeira dama Vívian Felício, assim como ao secretário de esporte e lazer João Batista de Almeida Filho.















sábado, 16 de maio de 2015

O QUE AVALIAR NOS EXAMES DE FAIXA?

Nos primeiros anos de prática o karateka deveria ter como principal motivação a troca de faixa, esse momento tão importante, no qual os alunos mostrarão aos examinadores e a si mesmos, o que aprenderam durante a carência no Kyu.

Aos iniciantes faixas brancas, cinzas, azuis, amarelas, vermelhas e laranjas, enquanto tudo é novidade e seu corpo vem sendo preparado para voos maiores, deve-se prestar muita atenção nos fundamentos: soco (tzuki), chute (geri), defesa (uke) e posição (dachi) são movimentos que devem ser treinados incansavelmente...

Lembre-se que você só pode andar ou correr hoje, porque aprendeu a engatinhar ontem!

O que podemos dizer sobre o exame de Kata? No estilo Shotokan, nada mais apropriado do que a série Heian, que tem como objetivo os fundamentos básicos, são simples e com movimentos que podemos corrigir no Kihon.

Praticar, Praticar, Praticar. Essa é a fórmula mágica de Mestre Funakoshi!!!

Quando falamos em Kumite, logo nos vem a imagem das grandes lutas das competições esportivas...
Não que durante o exame de faixa a competição não aconteça: competir contra si mesmo é um desafio imensurável!
Daí a importância de se treinar Gohon, Sanbon, Ippon e Jyu-Ippon Kumite, que são lutas combinadas que têm como objetivo principal o auto-controle...

E o que poderíamos dizer aos aspirantes à faixa preta (Kuro Obi)...

Aos faixas verde, roxa e marrom, digo que o caminho dos senhores até a faixa preta não será nada fácil! Serão dominados pela insegurança, ansiedade e pelo “NÃO” (negação), mas os que vencem estas etapas (que não são muitos, por sinal) chegarão a faixa preta.
O treinamento para os “pretendentes a pretendentes” ao 1º Dan irá exigir uma dedicação maior aos fundamentos... Agora não é só fazer...

É hora de começar a aprimorar as técnicas, para que elas sejam realmente aplicáveis (UM DIA... QUEM SABE!?).

Outro ponto importante é a prática do Kata como: a série Tekki, o Bassai-Dai, o Jion, o Empi e o Kanku-Dai... Quando o Sensei anuncia algum desses Kata para turma a primeira reação é a de negação. “Sensei não consigo fazer esse Kata”, essa exclamação é sempre presente.

 


Neste ponto a palavra de ordem é: SUPERAÇÃO!


“Ao infinito e além...” (Buzz Lightyear)







E não poderia deixar de falar para meus colegas Kuro-Obi, que como eu “suportaram” anos de treinos duros e intermináveis, e que agora “desfrutam” da faixa preta...

“Claro, algumas pessoas pensam que é o fim.
(Eu chamo isso de Síndrome de Black Belt: Quando as pessoas conseguem sua faixa-preta e de repente param de treinar, uma vez que eles estavam tão concentrados na caça da faixa preta em vez de usar o Karatê como uma ferramenta para explorar e desenvolver seu potencial humano.)
A Faixa-preta é apenas o começo.
Agora, o treinamento real começa.
Todo o resto foi apenas a preparação.”

É isso que é avaliado nos exames de faixas da Garras do Tigre!

As exigências são além da carência (6 meses de branca a laranja; 1 a 2 anos de verde a marrom; idade mínima de 15 anos para 1º Dan), requisitos como desenvolvimento técnico, participação nos eventos da academia e não ter advertência por má conduta dentro ou fora do Dojo.

Minha avaliação é baseada na realidade, considerando os limites e potencialidades de cada um.

PREPAREM-SE... A SUPERAÇÃO DE MAIS UMA META ESTÁ PRÓXIMA!

AHHHHHH!!!... É A AULA DE AMANHÃ!

(E TAMBÉM NOSSO EXAME DE FAIXA NO DIA 05 DE JULHO DE 2015)

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Entrevista de Okazaki Sensei concedida à revista “Masters Magazine”

Teruyuki Okazaki faixa preta 9º dan JKA (http://jka.or.jp/en/about/instructors/kodansha.html) nasceu em 1931, em Fukuoka, Japão. Começou a treinar com Funakoshi Sensei, na Universidade de Takushoku em 1947. Em 1961 foi mandado para os Estados Unidos da América para disseminar os ensinamentos de mestre Funakoshi. Okazaki Sensei acredita que os valores antigos, transcendem o tempo e as mudanças.

O Karatê-do vem se transformando e ganhando características irreversíveis como podemos notar quando Okazaki Sensei relata suas sessões de treinamento com Funakoshi Sensei e Nakayama Sensei:
O treinamento era muito duro e muito difícil. Lembro-me nos primeiros três ou quatro meses, tudo o que fizemos foram golpes de “oizuki”. A sessão de treinamento era, de seis horas por dia, seis dias por semana. Mestre Funakoshi nunca disse que deveríamos copiar seus movimentos porque ele entendia que, por seu peso corporal e tipo de corpo, foi obrigado a fazer as posições e técnicas de outra forma.
Nossos treinos costumavam ser em Kiba-Dachi e fazendo técnicas de “oizuki” durante duas horas na parte da manhã, as mesmas duas horas no período da tarde e a noite mais duas horas. A maioria das pessoas simplesmente desistiu.
Os próximos três meses foram dedicados a chutar. Depois de seis ou sete meses deste tipo de formação, começamos a combinar os dois aspectos, e em seguida foi incorporado o Kata nas aulas que tornou-se o ponto principal. Éramos como máquinas.

Agora, lendo esse depoimento de Okazaki Sensei me pergunto... Quem aguentaria sessões de seis horas diárias e se essa nova geração de karatecas “iPod” aguentaria ficar 6 meses de treinamento sem fazer uma “lutinha” ou um “katazinho”...?!?

Outro ponto importante da entrevista foi quando questionado sobre o estilo de Karatê Shotokan.
Para mestre Funakoshi só existia Karatê. Mas, por respeito, os estudantes começaram a chamá-lo de "Shoto", que foi o pseudônimo de Mestre Funakoshi. Neste momento, não tivemos qualquer estilo. Éramos praticantes de Karatê-do

O respeito acima de tudo foi outra grande marca de Funakoshi Sensei, como destaca Okazaki.
Lembro-me que cada vez que passou na frente da Kodokan, mestre Funakoshi sempre tirou o chapéu e curvou-se como um arco. Ele costumava dizer: "Ele é meu professor". Claro, mas nós respondíamos, "mas ele é do Judô" Mestre Funakoshi respondia: "Não importa; uma arte marcial é uma arte marcial, e eu tenho que respeitar isso".
Funakoshi Sensei juntamente com Nakayama Sensei queria que nós fossemos treinar sob a direção de outros Mestres de Karatê; é por isso que ele convidou o Sensei Gogen Yamaguchi da Goju-Kai e Sensei Hinori Otshuka de Wado Ryu, para mostrar diferentes pontos desta arte. Todos esses instrutores nos deram diferentes leituras e métodos de Karatê e nos ensinaram vários Kata.

O que fica desses ensinamentos dos grandes mestres do Karatê-do é que somos pretensiosos em dizer que “isso ou aquilo” está correto ou errado. Deveríamos ser humildes o bastante pra entender a essência do Karatê-do, do Karatê-do do Funakoshi Sensei.

Outro trecho interessante da entrevista me fez rememorar os primeiro aquecimentos e alongamentos que Sensei Mário (Águas Claras – Yobukan V – Goioerê-PR) me pedia para ajudar, quando ainda faixa marrom... Depois em minha primeira aula como faixa preta... quantas incertezas! Cheguei a pensar que em 10 anos de treinamento eu não tinha aprendido nada, de tanta insegurança! Podemos perceber que isso ocorre com todos, mas a diferença está na atitude de sempre estar se aperfeiçoando, como deixa claro Okazaki Sensei.

"Eu quero que você me ajude hoje." exclamou Nakayama. Claro, eu era mais do que grato. Inesperadamente entrou mestre Funakoshi e começou a olhar em volta. ele se lembrou do meu nome, porque eu tinha um bom tempo lá. Ele me perguntou: "Quando você passou no exame para faixa preta?", então eu pensei, "O mestre Funakoshi está ficando velho; ele está esquecendo as coisas”. Eu disse: "Sensei, você me aprovou no meu teste!"
Então ele diz: "Se você realmente é faixa preta, você tem que tentar me acertar, eu tenho certeza que você vai ser capaz de me derrubar." Eu estava realmente com medo, e pensei: “De jeito nenhum, se eu atacar o mestre meus superiores irão me matar aqui mesmo!” O problema é que eu era um cara mal-humorado, e eu disse a mim mesmo "okay, eu posso morrer, mas eu tenho orgulho e eu sou faixa preta", então eu o ataquei na frente de toda a classe com todos os alunos e lá estava me olhandoo Sensei Nakayama. Eu tomei a iniciativa e dei um soco. Eu pensei que estava no chão quando senti que alguém me deu um tapinha no ombro. "Você precisa de mais prática, Okazaki”. Eu não sei como ele fez, mas meus companheiros disseram que fiz um bom trabalho, mas parece como se eu tivesse passado através do corpo do Mestre Funakoshi, definitivamente, ele tinha algo de especial.

Realmente concordo com Okazaki Sensei quando afirma que é isso o que realmente importa e o que a ISKF defende:
Fomos educados para acreditar no Karatê-Do de alta qualidade, tanto tecnicamente quanto espiritualmente. Esta é a única forma do Karatê que pode ser transmitida para as gerações futuras.

Sua resposta quanto ao Karatê Olímpico é a mais sensata.
Karatê é Budo e o Budo não é um esporte. O verdadeiro significado do Budo é entrar na vida com maior profundidade e melhorar as qualidades físicas e espirituais, através de treinamento duro. A essência ou conceito de esporte está na busca de títulos.

Há muito tempo, no estado do Paraná, tive uma experiência riquíssima com o campeonato Shotokan, onde todos os atletas na abertura da competição executavam o Kata Heian Shodan. Talvez pra mim a vaidade não existisse naquela época. Sensei Okazaki enfatiza:
Eu gosto de ver o que Sensei Nakayama sugeriu antes de morrer: Jogos Olímpicos de Budo Todas as artes do Budo juntos, trocando técnicas e métodos de treinamento onde não há vencedor ou perdedor. Isso nos voltar para o conceito original de Budo, e poderíamos educar as pessoas sobre a arte e o verdadeiro significado do Caminho do Guerreiro. Nakayama Sensei disse: "Temos de fazer as pessoas entenderem o verdadeiro caminho das artes marciais."
Sem comentários! Só os “samurais modernos” entenderiam...

Para finalizar disse sabiamente o Mestre Okazaki:
Eu diria a mesma coisa que eu sempre digo aos meus alunos, e incentivá-los a seguir a filosofia de Mestre Funakoshi e buscar a perfeição do caráter, respeito pelos outros, sempre o esforço para prevenir o comportamento violento, e ser honesto. Esses são os objetivos finais que todos aspiram.

P.S.: minhas sinceras desculpas pela tradução amadora! (rsrs...)

Segue o link do texto original: http://www.international-ska.com/2015/04/entrevista-al-maestro-teruyuki-okazaki.html

domingo, 3 de maio de 2015

Treino no Feriado




Gostaria de Agradecer a presença dos alunos José Augusto, Vitória Oliveira, Douglas Bussola, Heder Romão, Renata Cristine, Gabriel Lacerda, Erick dos Reis, Rodrigo Camargo, Alex Almeida, Daniel Calaça, Anisio Netto, Juliana, Sara e o Faixa preta Gustavo Henrique, seja sempre bem vindo a Garras do Tigre. 
Oss...