quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

16º EXAME DE FAIXA DOJÔ GARRAS DO TIGRE


Foi realizado na cidade de Catalão, no último dia 15 de Dezembro de 2018, o 16° exame de faixa (Kyu) dos alunos da Dojô Garras do Tigre, foram várias promoções desde faixas de branca a marrom.

O Sensei Luiz Antonio Bussola, agradece a participação de todos os karatekas que treinaram durante meses para a avaliação, e em especial a todos os pais pelo apoio e comprometimento com a formação de seus filhos e filhas.
O Sensei Também agradece a todos os avaliadores e alunos que ajudaram na organização e realização deste belíssimo evento.

Relação de atletas promovidos a suas respectivas graduações:




Faixa Cinza


Alice Veiga Rezende
Arthur Silva Calixto Cortopassi
Enzo Kessons Alves
Gabriel Veríssimo dos Reis 
Gisele Altina Martins Mastrella
Luiza Veiga Rezende 
Mateus Henrique Moraes Magalhães 
Mateus Rodrigues de Sousa
Raimundo Ferreira da Silva 
Sabrina Martins Naves
Stefany Rubia Ferreira de Oliveira
Sofia Cabral Miranda 

  
Faixa Azul
  

Ana Laura Albuquerque Ignichitti
André Fellipe Gomes Ribeiro
Bruno Raful Vaz
Caio Henrique Albuquerque Ignichitti
Fábio Canêdo Mastrella
Gabriel Ferreira Fraga
Geovana Valentina Sousa Martins
Gustavo Rodrigues Marques Coelho
Janaíla Merielen Naves
Marcelo Antonio Prado de Sá
Mariana Milena Prado de Sá 
Níkolas Nascimento Borges
Otavio Antonio Costa Duarte
Suelen Aparecida de Oliveira
Willian da Rocha Vaz


Faixa Amarela
  

Adriano Rodrigues da Silva
Elimane Mandiaye Ba
Enzo Mariano Rodrigues
Fellipe Martins Rezende
Gabriel Capingote de Almeida
Itallo Charles Ribeiro Barbosa
Junior Carlos Vaz de Carvalho
Kamilly Vitoria de Oliveira Noleto
Leonor Mendonça Capingote Almeida
Matheus Rodrigues Matias
Rafael Vicente Ferreira Lima
Rafaela Eduarda Oliveira Rodrigues
Victor Hugo Pereira Leão
Vitor Hugo Martins


Faixa Vermelha
  

Arthur Gomes Finholdt
Bruno Ribeiro dos Santos


Faixa Laranja
  

Arthur da Silva Cardoso
Eduardo Martins Naves
Lafaiete Cardoso Neto
Maryana Gabriella Felipe Melo
Pedro Henrique Lopes de Lima
Raí Arruda Machado
Yasmin Silverio Silva


Faixa Verde
  

Alexandre Martins Naves
Arthur Rosa Sabino
Daniel dos Santos Aguiar
Daniel Palácio Ferreira
Eduardo Nogueira Peres
João Emídio Pereira Neto
Pablo Tiago Moreira de Melo
Yzabelle Silva Pereira


Faixa Roxa
  

Jhuliana Maida de Aguiar


Faixa Marrom
  

Luiz Miguel Radames Guerra
Guilherme Marim Pires Gonçalves



segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

KURO OBI - RICARDO DA SILVA OLIVEIRA


O Karatê em minha vida: o caminho das mãos vazias

Ricardo da Silva Oliveira


Meu nome é Ricardo, completei 35 anos neste ano. Nasci e cresci em uma das cidades satélites de Brasília e sou o filho mais novo dos três que meus pais lutaram para criar. Digo lutaram porque eles sempre trabalharam duro e a vida já não era nada fácil naquela época. Graças a Deus tivemos uma infância agradável e feliz, éramos crianças normais e saudáveis e a única diferença entre mim e as outras crianças era o simples fato de eu ser, digamos assim, um pouco gordinho. Aos 15 anos eu era um pré-adolescente acima do peso e isso foi o que levou meus pais a me colocarem em uma aula de karatê, já que eu nunca gostei de outro esporte. A princípio eu gostei da idéia pois eu sempre assistia filmes de artes marciais, no entanto nunca me imaginei praticando algo do tipo.
Nos primeiros meses de treino me adaptei rápido, gostava dos novos amigos que tinha feito e do meu professor, gostava dos movimentos que aprendia e entre defesas e ataques, demonstrei facilidade em aprender os katas, que é o que mais gosto de fazer. O estilo era o Goju-ryu, que significa força e flexibilidade, e com o passar do tempo fui entendendo também a importância dos nomes e da história por trás desse estilo e dos demais existentes. Infelizmente não se falava muito sobre a história do karatê e seus percussores, talvez por terem de se preocupar mais com o caráter daquelas crianças que ali estavam, falavam muito em como respeitar o seu próximo e como ser um cidadão de bem, e isso me fez pensar que faltava algo.
Logo ao completar 18 anos, tive que me alistar nas forças armadas, foi uma fase importante da minha vida, mas isso me tomava muito tempo, não tinha mais tempo para família, amigos e nem para praticar karatê. Os anos foram passando e para trás ficou um pouco do que eu aprendi, e na minha mente o que restava eram fleches de alguns movimentos dos katas. Eu sabia no fundo que estava me tornando alguém que eu não queria, um pouco infeliz, acreditem ou não, pois eu não gostava da ideia de ser apenas normal e eu sentia que precisava voltar e continuar o que comecei.
Os anos se passaram e me mudei de cidade, agora estava casado, longe da minha família e amigos e me vi distante de algumas coisas que me davam ânimo, mas agora percebi que tinha tempo para voltar ao caminho antes perdido. Certo dia andando pelas ruas de Catalão, avistei uma placa em uma academia que me chamou atenção e nela dizia Garras do tigre, e tinha aulas de karatê. Na primeira oportunidade fui falar com os proprietários e fui muito bem recebido pelo professor Bussola e sua esposa, e imediatamente voltei a treinar.
O estilo era muito diferente do que eu conhecia, o Shotokan e desde o início gostei muito dos movimentos firmes e dos katas com defesas e ataques impressionantes. Percebi que ali era diferente, aprendi mais rápido sobre a história do karatê do que podia imaginar e descobri que o tigre é o símbolo do karatê Shotokan. Entendi a importância dos grandes mestres do passado, como o mestre Gichin Funakoshi e aqueles que o sucederam, sua história de vida é interessante e me levou a pesquisar e me aprofundar no que aprendo no dojo.
Foi por este motivo que comecei este texto falando meu nome. Nosso nome é muito importante e depende de tudo que construímos no presente, para que as gerações futuras se lembrem dele. Assim como os grandes mestres do karatê fizeram, nossos nomes podem atravessar os séculos e alcançar muitas gerações. Falei de minha infância pois jamais devemos esquecer quem somos e de onde viemos, para nunca perdemos o foco de onde queremos chegar e quem desejamos ser para nossos filhos, netos, bisnetos.
Hoje eu sei que o karatê não é apenas um esporte para mim, se tornou minha razão, o caminho que escolhi, meu estilo de vida. Hoje sei que não posso mais chamar o Bussola apenas de professor, mas sim de Sensei. Sou muito grato a ele e sua esposa dona Elizete por tudo que fazem por mim, pelo apoio e atenção. Agradeço ao Sensei Bruno, ao Douglas e todos os faixas preta, Heder, Luiz Fernando, Augusto, Leonardo, Iury, Sebastião e Renata, pois todos são exemplos para mim. Todos eles são exemplos de pessoas que se esforçaram e alcançaram aquilo que um dia desejo alcançar, e é por isso que sempre que posso paro para ouvi-los. É por aqueles que estão vindo depois de mim, faixas colorida, que não desisto, por todos os companheiros e irmãos. Certa vez li um provérbio chinês que dizia: “ Aquele que sabe e sabe que sabe, é mestre, siga-o. Aquele que não sabe e acha que sabe, é tolo, ignore-o. Aquele que sabe e acha que não sabe, está dormindo, acorde-o. Aquele que não sabe e sabe que não sabe, é humilde, guie-o.” Vejo muito disso em mim, por que as vezes sei que não sei e tenho sede da sabedoria daqueles que sabem, e não são sábios a sua própria maneira, mas sim à maneira do karatê.
É por isso que me sinto muito bem sempre que estou na academia, talvez por estar longe da minha família, e saber que o karatê me deu uma nova família e talvez pelo karatê ter mudado minha vida e ter realizado desejos.
Hoje, o meu desejo mesmo, é que todos tenham seus nomes escritos na história do karatê ou na vida, que seus nomes atravessem os séculos. Talvez apenas por um instante serem reconhecidos por suas conquistas, ou por ter escrito um livro, ou por ter se formado na faculdade, ou ter ajudado alguém a alcançar e realizar sonhos, pois afinal, o karatê é para a vida e nós somos aqueles poucos que escolheram ser diferente, escolhemos ser fortes e mudar nosso destino. Somos aqueles que escolheram o caminho da paz, justiça, harmonia e honra. Nós somos aqueles que escolheram o caminho das mãos vazias.
OSS!

KURO OBI - MARCELA CABRAL MENDES BARROSO


O Karatê em minha vida!

Marcela Cabral Mendes Barroso

Meu nome é Marcela Cabral Mendes Barroso, tenho 33 anos, casada, sou formada em Medicina Veterinária, nascida e criada em Brasília/DF e, atualmente, resido em Catalão/GO. Trabalho em um órgão estadual denominado Agrodefesa e sou professora no curso de Medicina Veterinária da Faculdade UNA. Sou faixa Marrom Chairo Obi 1º Kyu e treino Karatê shotokan no Dojo Garras do Tigre sob orientação do Sensei Luiz Antônio Bussola em catalão.
O Karatê surgiu em minha vida aos sete anos de idade, após tentativas frustradas de minha mãe em tentar me fazer gostar de Jazz e ginástica olímpica. Logo ela percebeu que eu não estava satisfeita com essas atividades. Nesse período, morava em uma chácara a 30km do centro de Brasília, sem acesso fácil a academias ou outros locais para fazer alguma atividade física. Nesta época se mudou para uma chácara vizinha uma professora de Karatê chamada Elizabeth Lins Brasiliense, que ministrava aula de Karatê em sua residência, onde tive o meu primeiro contato com esta arte marcial. Foi, literalmente, o momento mais marcante da minha infância, pois iniciei minha paixão pelo Karatê.
Fiz Karatê dos sete aos nove anos, chegando até a faixa vermelha. Após esse período, minha professora foi morar em outro país (México) o que dificultou a continuidade da minha prática do Karatê por alguns anos. Aos 11 anos, fui morar em uma região mais central de Brasília e retornei ao Karatê com o professor Jeison Oliveira da Silva na academia Uruma Kan. No período compreendido entre 1996 e 2003, ou seja, dos 11 aos 18 anos, participei ativamente de competições regionais no Distrito Federal, em campeonatos brasileiros e também do Panamericano em Curitiba em meados do ano 2000. Tive a oportunidade de fazer treinamentos com os senseis Watanabe e Tanaka nesta época.
Em virtude de estudos em período integral, exigências em período de faculdade, deixei de praticar Karatê aos 18 anos, parando na faixa marrom. No ano de 2009 me casei e me mudei para a cidade de Calatão/GO, onde resido e trabalho atualmente. Nesta cidade tive meus três filhos e em 2016 retomei à minha atividade do Karatê, juntamente com meu esposo. Minha filha mais velha também iniciou o treino de Karatê, fez por aproximadamente 1 ano e meio. Nosso plano é que nossos outros dois filhos também vivam o Karatê conosco em breve, quando a idade deles permitir.
Recebi todo o suporte de minha mãe quando ainda criança e adolescente para praticar o Karatê. Ela sempre me acompanhou nos campeonatos, apresentações e exames de faixa. Hoje, esse papel foi repassado ao meu esposo, um praticante e entusiasta do Karatê. O Karatê faz parte de nossas vidas, dentro e fora do Dojô. Como nosso sensei Bussola sempre fala no Dojo: “Vocês praticaram o Dojo Kum hoje na casa de vocês?” E de fato, esse é o verdadeiro Karatê, aquele que se vive dentro e fora da academia, aquele que nos traz paz e tranquilidade diante das adversidades do dia-a-dia.