sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

KURO OBI - SEBASTIÃO PINTO RIBEIRO COSTA


O Karatê na minha vida

Sebastião Pinto Ribeiro Costa

Faz cinco anos que comecei a treinar. Foram cinco anos de muito treino, esforço, alegria, companheirismo, seriedade, e aprendizado. O tempo passou tão rápido que quando percebi já estava aqui escrevendo sobre o Karatê na minha vida.
Quando comecei, que eu me lembro, treinavam poucas pessoas no meu horário. Nosso Dojô já passou por diversas mudanças, quando entrei nossos makiwaras, eram apenas pneus na parede. Fico feliz de ter começado meu treinamento com tudo arrumadinho, tatame macio, protetores, brincadeiras no final da aula. Mas gostaria de ter conhecido o treinamento a moda antiga. Já ouvi várias histórias que meu Sensei Luiz Bussola (pessoa de que já vou falar), contava nas aulas, ficava fascinado ouvindo suas experiências de vida. Sobre campeonatos, sobre treinar no chão bruto, sobre os ferimentos de batalha, e tudo mais.
No primeiro local do nosso Dojô, teve muitas histórias, existia uma pilastra que o Sensei Luiz ameaçava prender os meninos custosos, onde eu me encaixava. Uma pena que aquela época já passou, fui subindo de faixa, e com isso veio subindo a responsabilidade dentro do Dojô, mas continuando. Lembro de uma vez que o Sensei falou alguma coisa, e então repeti o heian shodan, várias e várias vezes, até conquistei a amizade de um homem lá do Muay Thay.
Nesse mesmo Dojô foi onde reencontrei minha professora do Jardim II, Renata (companheira que tenho que comentar também). Tentei levar vários amigos da escola, amigos que ficaram por meses e outros que ficaram por anos, amigos que me ajudaram, e outros que nem tanto, mas cada um fez parte da minha vida, mesmo que por pouco mas fez. Acho que nesse local, fiquei até a faixa vermelha ou laranja. Era tanta empolgação que tinha mais os amigos após os exames, chegávamos e falávamos uns pros outros “Aí sim hein, faixa amarela.”. Demorou alguns anos pra eu entender sobre as faixas, os significados e tudo mais. (Renata me ajudou com isso).
Algum tempo se passou, e o Sensei Luiz encontrou um novo local pro nosso Dojô. Fiquei meio triste por estar deixando o antigo lugar, mas fazer o quê. No antigo lugar, teve um treino que apenas eu, o Sensei Bruno e mais alguém que me esqueci foi, estava chovendo e mesmo assim o treino de kumite aconteceu, foi muito bom.
Então chegamos ao novo Dojô. Não me recordo de que faixa eu usava quando nos mudamos para lá, mas acho que ainda estava abaixo da laranja. Nesse lugar, aconteceram coisas maravilhosas, e ainda acontecem porque atualmente, ainda estamos aqui. Nesse local, além dos exames, tiveram mudanças de ambientação, teve uma surpresa que fizeram com a faixa do Sensei Luiz que por sinal não deu muito certo. Foi nesse ambiente que comecei a ir para cursos em Uberlândia, complementar minha formação no Karatê. Nesses cursos, conheci grandes Senseis e Shihans, como Edson Nakama, Rubem Cauduro, Hélio Arakaki, Omar, entre outros. Esses Senseis me mostraram sem falar uma palavra, que o caminho das mãos vazias é extremamente amplo, que existem milhares e milhares de combinações, kihons, aplicações, e o mais importante, que não se deve achar que sabe-se tudo, só porque está usando uma faixa preta, ou porque é 2º, 4º, 5º, ou 9º dan, sei lá, mas quem acha que não se pode aprender mais nada por ter essas “patentes”, com certeza não está no verdadeiro caminho do Karatê. Eu também não conheço o verdadeiro caminho, porque agora que vou começar nele, mas eu tenho certeza que não é se sobrepor sobre os outros.
Luiz Antônio Bussola, é para mim, um grande Sensei, um grande amigo, e um grande pai, um pai que me ensinou coisas que nem ele mesmo pode saber que ensinou, apenas com seus ensinamentos, suas histórias, seus conhecimentos, e acima de tudo com suas atitudes. Lembro-me de um dia em que minha madrinha Amanda, e minha irmã Maria Eduarda, vieram me buscar no treino, então minha madrinha pergunta “Desde que horas você está aí menino?” aí eu respondi “Desde 18:00.” E ela “O que você faz aí esse tempo todo? Já são 21:00.” “Ajudo meu Sensei no primeiro horário e depois treino.” Minha madrinha e minha irmã começaram a falar, “Deixa de ser besta menino, o que você ganha com isso? Ganha dinheiro?” Aí eu respondi “Não, ganho o conhecimento do meu Sensei.” No que eu falei isso, elas começaram a rir, e a me chamar de bobo, que eu vou na onda dos outros, mas eu não me senti mal por isso, porque não vale a pena discutir com quem já tomou sua decisão (Aprendi isso após discutir muito para defender o que acredito.). Essa foi uma das vezes em que defendi o meu Sensei sem seu conhecimento. Então tudo o que tenho que fazer pro meu Sensei, é agradecer, agradecer muito por tudo que ele já me fez, e que eu sei que vai fazer. Agradecer, por ter paciência comigo durante esses cinco anos, e gostaria de pedir para ter mais paciência ainda pra me aguentar durante toda a vida.
Renata, até então faixa marrom, mas que após o dia 16/12/2017, vai se tornar uma excelente faixa preta. Renata e eu começamos nossa jornada há muito tempo, nem sempre fomos tão próximos, e pra falar a verdade, nem sei como nos aproximamos (Mais uma prova de que o Karatê nos traz grandes amigos.) mas fizemos vários projetos juntos, um deles era todo final de aula fazer uma série de flexões e abdominais, durou um tempinho, mas acabou e nem sei porque, mas temos um projeto “super-secreto”, que pelo visto não vai acabar tão cedo. Ela me ajudou muito com a teoria por traz do Karatê, me fez entender, que faixa só serve pra segurar o kimono. E analisamos juntos muitas situações do Karatê, e situações que se passam em nosso Dojô. Como se é pra faixa ter alguma importância, que o usuário dela tenha a responsabilidade que tal faixa representa. Porque o que adianta um faixa preta, cujo o espírito é mais fraco do que brancas, e vermelhas por aí? Para mim não adianta nada. Eu e Renata, temos diversas histórias que para poupar vocês que estão lendo (ouvindo), só vou falar que Renata é minha melhor companheira no Karatê e na vida.
E não poderia esquecer do Sensei Bruno Bussola, esse foi o homem, em que me espelho, desde o princípio podemos dizer assim. É sempre impressionante vê-lo treinar, sempre fiquei admirado, com suas atitudes dentro e fora do dojô, com sua força e seu espirito nos treinos. Sempre tive a vontade de treinar forte como ele, mas hoje em dia me esforço para treinar até mais forte que ele. Já passamos por vários momentos, viagens para cursos, treinamentos especiais, entre outras coisas. Não tem como eu escrever mais nada falando sobre o Sensei Bruno, porque eu não posso agradecer com palavras, tudo que você fez, e ainda faz pra esse seu kohai custoso. Então Sensei, vou fazer de tudo pra te agradecer, com meus treinos, cada vez mais fortes. E também gostaria de dizer que o senhor Sensei Bruno, não conseguiu fazer eu desistir. Oss
E com esse pequeno texto, falei o que lembrei, sobre o que aconteceu comigo nesses anos... 

KURO OBI - RENATA CRISTINE SANTOS VAZ


Modo de vida: meu Caminho no Karatê-Dô

Renata Cristine Santos Vaz

Meu primeiro contato com as artes marciais em geral ocorreu durante o Curso de Licenciatura em Educação Física/UFG – Regional Catalão. Ao me deparar com este universo teórico sobre a filosofia das artes marciais e das possibilidades sobre o ensino de lutas na escola, no contexto das aulas de Educação Física, o Karatê me chamou mais a atenção e assim busquei um contato mais específico com a temática ao cursar uma disciplina denominada “Introdução ao Karatê”, ministrada pela Profa. Dra. Maristela Vicente de Paula, faixa preta da Academia Athletic Center – Catalão/GO, no ano de 2006.
Meu interesse pelo Karatê, por sua filosofia e princípios, se manteve no plano teórico até o ano de 2011, quando a Família Bussola iniciou as atividades da Academia de Karatê Garras do Tigre em Ouvidor/GO. Enfrentando muitas dificuldades, resistências e timidez, iniciei no dia 07 de julho de 2011 a minha prática do Karatê-Do. Logo após o meu primeiro exame de faixa comecei a pensar sobre o que significava ser um faixa preta. E assim, idealizando o que seria este momento, escrevi o seguinte texto:

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Com Paz e Tranquilidade tornei-me uma “Cavaleira de Ferro”, com uma força capaz de romper a fortaleza e a sensibilidade para contemplar o céu com Amor e Gratidão.
Seja com técnicas estranhas ou com mãos de nuvem... posso me equilibrar como um grou sobre a rocha ou voar livre como uma andorinha para longe do medo.
Aprendi a dominar minhas fraquezas e inseguranças como se o meu espírito fosse inabalável!
Foram muitos passos para chegar até aqui e provar que não fui vencida, que não desisti de manter-me como um espelho limpo, onde posso ver refletido o Caminho do Karatê-Dô, no qual pretendo seguir em frente com paciência.
Oss...
(Renata Cristine – 01/02/2012)
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Hoje, compreendo esta utopia. Tudo que idealizei ainda não é de fato realidade. E é por tudo isso que preciso continuar lutando. Luto contra o meu pior inimigo, que está dentro de mim mesma. Luto pela formação do meu caráter e para me manter fiel ao caminho da razão. Luto, cultivando o intuito do esforço e tentando conter o espírito de agressão. Luto para manter o respeito acima de tudo. Luto por uma vida mais saudável e para ser uma campeã na vida. Luto por todos estes e outros princípios, por todo um legado e linhagem que devo honrar. E não luto sozinha: à toda a família Garras do Tigre, o meu reconhecimento!
Frequentava aulas em Ouvidor/GO até que o Sensei Luiz Antonio Bussola, com muito empenho e dedicação, conseguiu estender as atividades da Academia Garras do Tigre também para a cidade de Catalão/GO. Já se vão seis anos, tempo ínfimo diante de tanto aprendizado que ainda tenho pela frente ao longo desse Caminho.
Agradeço imensamente a Família Bussola por esta oportunidade: muito obrigada Seu Luiz Antonio e Dona Elizete, que vocês tenham força e coragem para continuar ajudando a tantas pessoas por meio do karatê! Estamos juntos na missão de aprender e ensinar sempre a primeira lição: “Tenha paciência!”
Um agradecimento especial aos meus companheiros de treino, “guerreiros” que compartilham este momento comigo: Douglas (o parceiro de todas as horas da tia Rê!) e Sebastião (o melhor amigo do mundo, de todo mundo!), obrigada de coração e continuamos juntos na luta, nossa parceria e amizade é vitalícia, como o nosso Karatê.
E não poderia deixar de mencionar o meu “fiscal de treinos” (que não me deixa faltar nenhum dia sequer!), o meu maior crítico e incentivador: Bruno Bussola, “Samurai Moderno” que é, continue a ser esse exemplo a ser seguido! Obrigada por aprender e ensinar, e principalmente por fazer valer os seus ensinamentos sobre viver a vida a cada respiração.

Enfim, eu poderia resumir toda essa minha narrativa nas sábias palavras do próprio Funakoshi: “O Karatê salva a minha vida.”

KURO OBI - DOUGLAS VICENTINI BUSSOLA


O Karatê na minha vida

Douglas Vicentini Bussola

É pra eu falar desde o começo de tudo o que eu fui aprendendo? Tudo bem, vou contar! Meu pai recebeu uma oferta de dar treino de Karatê, então ele até meio que empolgou e foi dar aula. As aula eram em Ouvidor/GO então eu sempre ia com ele e minha mãe ia também, ela sempre ia dando uns empurrões para ver se eu treinava até que eu empolguei e fui treinar e fiz um monte de amigos.
Se passaram 3 ou 4 anos, não me lembro muito bem, entrou um amigo meu para fazer karatê comigo ele também animou de continuar então decidi não mudar de faixa até ele me alcançar, e fiz isso mesmo. Hoje somos faixas marrons também somos melhores amigos do mundo.
Uma coisa que o karatê me mudou e mudou minha vida foi na parte de disciplina e respeito, pois quando eu era menor, eu era muito bagunceiro até hoje eu sou assim só que hoje eu sou mais comportado e tenho mais respeito com os mais velhos e mais novos. Na minha cabeça, eu não meu importo se a pessoa é mais velha ou mais nova do que eu, eu sempre vou ter o mesmo nível de respeito com todos ao meu redor.
No final deste ano, que já estamos perto de dezembro eu estou me dedicando cada vez mais desde de que me tornei faixa marrom, me dedico cada dia mais um pouco, mesmo se eu estiver morrendo de canseira eu vou treinar e treinar cada vez mais forte. Posso estar morrendo de sede, mas eu ainda não vou parar de treinar porque tenho um objetivo que é ter um corpo calmo e uma mente racional para que eu não perca o meu controle psicológico em qualquer circunstância.
Meu incentivo de treino foi mais familiar mesmo, vendo meu irmão treinando, meu pai também treinando, e minha mãe falando até para eu treinar então falei pra mim mesmo que eu iria superar meu irmão.
Então comecei a treinar a partir de 2011 e estou treinando até hoje e não penso em parar tão cedo por ainda não ter alcançado meu objetivo.
Treino no Dojô Garras do Tigre em Catalão junto com minha família que treina unida. Sempre quando tem campeonatos, eu pergunto para meu pai se posso ajudar eles na arbitragem ou na mesa de pontos, e de vez em quando meu pai e meu Shihan me deixa arbitrar ou na mesa de pontos. E ainda não me esqueci do meu objetivo que é superar meu irmão, mas estou aprendendo que para isso preciso superar a mim mesmo cada dia.

14° Exame de Faixa da Academia de Karatê Garras do Tigre

Foi realizado na cidade de Catalão, no último dia 09 de Dezembro de 2017, o 14° exame de faixa (Kyu) dos alunos da Garras do Tigre, foram várias promoções desde faixas branca até marrom.
O Sensei Luiz Antonio Bussola, agradece a participação de todos os karatekas que treinaram durante meses para a avaliação, e em especial a todos os pais pelo apoio e comprometimento com a formação de seus filhos e filhas.

Relação de atletas promovidos a suas respectivas graduações:














8º Kyu – Faixa Cinza

Adriano Rodrigues da Silva
Augusto Venancio de Oliveira
Beatriz Duarte Gomides
Elimane Mandiaye Ba
Enzo Mariano Rodrigues
Fellipe Martins Rezende
Gabriel de Souza Duarte
Gabriel Ferreira Fraga
Itallo Charles Ribeiro Barbosa
Joana Venancio de Oliveira
João Antonio de Lima Corinto
João Gabriel Mendes Silva
Junior Carlos Vaz de Carvalho
Kamilly Vitoria de Oliveira Noleto
Lucas Oliveira Machado
Marcos Bruno Silvino Calaça da Silva
Marcelo Moura Costa
Marcos Vinicius Santana dos Santos
Matheus Rodrigues Matias
Moisés Simões da Cunha
Miguel Assis Mendes Silva
Pedro Felipe Rodrigues Martins
Rafaela Eduarda Oliveira Rodrigues
Victor Hugo Pereira Leão
Vitor Hugo Martins
Vitor Nucio Pereira Cassimiro

7º Kyu – Faixa Azul

Adryan Braga Barbosa Toloti
Ana Clara Pereira Romão
Arthur Felipe de Souza Borges
Arthur Gomes Finholdt
Arthur Vinicius Santana Ferreira Gonçalves
Benício José Honorato Filho
Bruno Ribeiro dos Santos
Gabriel Capingote de Almeida
João Antonio Paim Campos Coelho
João Pedro Baeta Carvalho
José Renato Pereira Junior
Leonor Mendonça Capingote Almeida
Lucca Barbosa de Brito
Manuela Borges Dejuli
Mario Henrique de Sousa Neves
Sebastião Fernandes Neto

6º Kyu – Faixa Amarela

Arthur da Silva Cardoso
Guilherme Viana Ferreira
Lafaiete Cardoso Neto
Liomar Souza Silva
Maryana Gabriella Felipe Melo
Pedro Henrique Lopes de Lima
Raí Arruda Machado
Thiago Patrocinio Dias
Yasmin Silveira Silva

5º Kyu – Faixa Vermelha

Arthur Rosa Sabino
Bruno Matida de Abreu
Eduardo Martins Naves
Eduardo Nogueira Peres
Kaio Gomes Machado Silva
Pablo Tiago Moreira de Melo

4º Kyu – Faixa Laranja

Alexandre Martins Naves
Cristiano Ricardo de Abreu
João Paulo Ribeiro Carvalho de Castilho
João Emídio Pereira Neto
Jullyan Silva Pereira
Luiz Gustavo Pereira Romão
Wagner Basilio da Silva
Ysabelle Silva Pereira

3º Kyu – Faixa Verde

Jhuliana Maida de Aguiar

2º Kyu – Faixa Roxa

Fellipe Faustino Souza
Luiz Miguel Radames Guerra

1º Kyu – Faixa Marrom


Cipriano Eduardo Dejuli
Leonardo Alves Albuquerque Rosa