quinta-feira, 16 de abril de 2015

Desabafo!...*

 Do Facebook:



*Análise do último evento que participei...

‘Ruim’ (Definição pelo www.dicio.com.br) - (Etm. do latim: ruinu): Mau ou perverso; que não possui nem expressa sentimentos bons; que pratica atos de maldade. De péssima qualidade. Prejudicial, que ocasiona danos, em que há prejuízos. Estragado, que não pode ser consumido, cujo gosto não é bom. Cujo funcionamento está prejudicado, que não funciona corretamente. Inadequado, que não alcança os efeitos esperados. Desagradável, que causa uma sensação de descontentamento, que não é agradável.

‘Tendenciosa’ (Definição pelo www.dicio.com.br) - (adj. - Etm. tendência + oso): Que demonstra uma tendência ou objetivo de prejudicar; em que há segundas intenções. Que tende a ser parcial e preconceituoso, argumento tendencioso.

‘Regulamento’ (Definição por www.dicio.com.br) – (s.m. Ato ou efeito de regular): Estatuto, instrução que prescreve o que se deve fazer. Conjunto de prescrições que determinam a conduta em qualquer circunstância. Conjunto de regras para qualquer instituição ou corpo coletivo. Conjunto de disposições governamentais que contém normas para execução de uma lei, decreto. Ato de determinar, de regular em geral: regulamento de um negócio.

As definições acima são apenas para esclarecer quais os significados de tais palavras, caso alguém que porventura venha a ler este artigo não compreenda.

Comparado a um paciente diagnosticado com câncer, na UTI de um hospital omisso, sem médicos preparados para atendê-lo (tais “médicos” que o são, simplesmente são excluídos e esquecidos por conta de interesses escusos), e já respirando com a ajuda de aparelhos. Assim é a arbitragem do Karate Goiano. Me restringirei a abordar somente este assunto para não “tocar em feridas” mais profundas, como exames, eventos, estatutos, regras e demais benfeitorias escancaradas. É deprimente a incompetência técnica. Seria cômico, se não fosse tão agonizante e frustrante. RUIM E TENDENCIOSA. Se estes adjetivos não forem adequados para exprimir, julgo que são, no mínimo, generosos.

Antes que alguém venha a comentar: “você diz isto porque não ganhou nada”. Aqui vai minha resposta. Estou acima do peso e não treinei o suficiente para obter êxito sobre meus colegas de tatame. Em primeiro lugar, sou ‘Karateca’. Estou em busca do caminho. Pratico a filosofia do Karate, em minha arte e em minha vida, e não apenas como exercício físico ou como “atleta”. É impossível tipificar esta arte como Karate nos eventos e esquecer os preceitos básicos de Gichin Funakoshi, os quais se inquirirmos a maioria dos que se dizem karatecas neste estado e nesta federação, muitos deles não saberiam nos dizer qual é o Dojo Kun!

O Karate tem como base a filosofia do Budo japonês. Através de muito trabalho e dedicação, ele busca a formação do caráter de seu praticante e o aprimoramento da sua personalidade. Cada pessoa pode ter objetivos diferentes ao optar pela prática do Karate, que devem ser respeitados. Cada um deverá ter a oportunidade de atingir suas metas, sejam elas tornar-se forte e saudável, obter autoconfiança e equilíbrio interior ou mesmo dominar técnicas de defesa pessoal. Contudo, não deve o praticante fugir do real objetivo da arte. Aquele que só pensa em si mesmo, e quiser dominar técnicas de Karate somente para utilizá-las numa luta, não está qualificado para aprendê-lo, afinal, o Karate não é somente a aquisição de certas habilidades defensivas, mas também o domínio da arte de ser um membro da sociedade bom e honesto. Integridade, humildade e autocontrole. O mais ultrajante pra mim, é que esta definição não deveria ser novidade para nenhum karateca!

Longe de mim, em minha reles insignificância, lograr os méritos daqueles que obtiveram seu lugar ao sol, ou seja, subiram ao pódio. Pelo contrário, penso que estes que se esforçaram duramente, treino após treino, anos a fio, e são os grandes protagonistas de seus triunfos. E mais, isso é o grande incentivador para mim e para as novas gerações de karatecas, que os vêem e se espelham neles. No entanto, penso que um regulamento de arbitragem foi escrito, assim como o estatuto de uma federação, e está em vigor para garantir, sobremaneira, a integridade física de seus atletas, bem como garantir condições mínimas de competitividade entre eles. Porém o seu cumprimento não tem sido observado ultimamente, ao menos por mim não!

Observo que está se tornando um organismo pessoal, e não estatutário. Com o objetivo de se obter algum tipo de favorecimento particular. Aliás, tenho uma sugestão. Já que existem prepostos, façamos da seguinte forma: vamos rasgar o regulamento, evitar os eventos e ver quem ganha na moeda. É melhor, mais barato e a gente ainda da uma “emoçãozinha” pra ver de que lado a moeda cai. Sejamos racionais. Organizar o evento, procurar políticos, angariar patrocínio... Poxa, vai me falar que isso não “estressa”. De outro lado, os Sensei’s fazem seus alunos treinarem fortemente antes dos eventos, o próprio karateca se cobra excessivamente, percorrerem grandes distâncias (que além de caro é desgastante) para assistir a este circo, formado e endossado por aqueles que deveriam não permitir que isso acontecesse. Mas fazer o quê? Como cobrar algo de alguém que não sabe o que está fazendo?

Utopia pensar que as competições de Karate eram, logicamente, para testar a evolução da prática da arte pelas diferentes escolas que compõe a federação assim como para medir sua eficiência, mas, sobretudo, para confraternizar, trocar experiência e promover o encontro dos indivíduos que estão em busca do “caminho”. Pergunto: é isto que se observa nas competições atualmente? Na verdade, não tem-se fórmula mágica para solucionar este problema. O primeiro passo é nos voltarmos para a essência do Karatê-Do. Embutir em todos os nossos praticantes, do mais graduado faixa preta, ao mais novo faixa branca, como esforçar para formar o caráter, como criar intuito de esforço, como conter o espírito de agressão. Como isso, respeitaremos acima de tudo e continuaremos no caminho da razão. E por último, começar a nos prepararmos, tecnicamente para as competições. E fazer com que somente este, SEM INTERESSES PARTICULARES, participem das arbitragens nas competições. Ou seja, nada mais que fazer valer o nosso REGULAMENTO.

É melhor que cada um dê a sua contribuição, assim como nosso eleitos perante a federação comecem a tratar este “câncer”, antes que esta doença se alastre e infecte outros membros deste corpo, pois quando as consequências desta cura forem irreversíveis e irreparáveis ou este organismo virará um vegetal, ou infelizmente irá falecer.

De um Karateca, Chairo Obi, Aspirante a Kuro Obi, Indignado!

*João Renato

3 comentários:

  1. E-X-C-E-L-E-N-T-E!!!

    Falou tudo o que eu tenho dito desde as primeiras competições, por tudo que tenho presenciado (e sofrido!).
    Cadê a dimensão formativa da competição?? Isto é educativo??

    Bem... meus protestos ainda não valeram... talvez por eu simplesmente não ser uma "atleta"...

    MEU KARATÊ NÃO É ESPORTE! MEU KARATÊ É MODO DE VIDA!...

    Oss...

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