Muito se fala da
importância da prática das Artes Marciais como Karatê-Dô, Judô, Taekwondo, dentre
outras, para o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Vários estudos
apontam os benefícios destas práticas, dos quais podemos citar a melhora na
concentração, equilíbrio, flexibilidade, coordenação motora, autoconfiança,
disciplina, noções de respeito.
O Karatê-Dô pode
proporcionar tudo isso para pessoas de todas as faixas etárias, mas, de maneira
específica, por meio de estratégias de ensino adequadas, pode ajudar crianças
com hiperatividade, crianças com comportamentos agressivos ou com outras
dificuldades de aprendizagem, proporcionando a todas as crianças e demais
praticantes oportunidades para um excelente desenvolvimento físico e mental,
com vistas a superação das limitações sejam elas quais forem.
É notório que as
academias de Karatê ou “Dojo’s” estão abarrotadas de crianças e, em contraposição,
pode-se notar em menor número pessoas adultas (poderia dizer “velhos-jovens”
guerreiros!). Não estou afirmando que isso seja uma coisa ruim, muito pelo contrário!
Quanto mais jovem se inicia a prática do Karatê-Dô, mais cedo podemos notar as
mudanças positivas no desenvolvimento dos nossos alunos.
Mas, o que estou a chamar
a atenção é o fato de haver uma disparidade entre as faixas etárias encontradas
nas academias, ou seja, cada vez menos jovens, adolescentes e pessoas que
iniciaram a vida a adulta (ontem!) estão praticando Artes Marciais.
O
que estou querendo dizer com isso?
Que estamos
presenciando um período conflituoso na vida desses karatecas que encontram-se
na fase de transição entre a vida de criança e a vida adulta (aproximadamente entre
os 12 e 21 anos). Momento que muitos de nossos alunos, estão priorizando
dezenas de outras atividades...
Em alguns casos são
aspectos necessários e positivos, como os estudos. Acontece que,
lamentavelmente, em outros casos, são as baladas, o vício pela internet ou drogas,
por exemplo.
Vemos muito tempo e
energia desperdiçados em aspectos negativos das festas, redes sociais e hábitos
de vida nada saudáveis (eu diria até mesmo “autodestrutivos”), cada qual e em
cada circunstância, quebrando os ciclos de desenvolvimento humano, ou em outras
palavras, vem ocupando a cabeça dos nossos jovens e adolescentes com coisas na
maioria das vezes fúteis/inúteis.
Não quero criticar o
empenho dos pais quando o assunto são os estudos, a Escola, o Pré-enem, Cursinho,
Enem, Vestibular, cursos de língua estrangeira, etc. São escolhas de extrema
importância para o futuro e passos muito importantes no crescimento pessoal.
Mas, venho alertar que seus filhos que se iniciaram no Karatê-Dô, ainda
crianças ou jovens, estão aprendendo o caminho para todas as qualidades que as
Artes Marciais proporcionam, portanto, é uma prática que não deve ser relegada,
ignorada ou, talvez, deixada em segundo plano, quando deveria ser considerada
sempre uma prioridade, já que trabalhar o corpo, a mente e o espírito, pode
ajudar seus filhos a crescerem nos estudos e na vida.
O karatê é uma forma de desenvolvimento
e aperfeiçoamento contínua, que exige uma dedicação constante, como disseram os
grandes mestres...
“O
Karatê é uma atividade vitalícia.”
Isto significa, nunca abandonar ou
esquecer. Significa nos esforçar por assegurar o lugar essencial desta prática
como formação ininterrupta ao longo da nossa vida.
“Bora treinar?”
Sem desculpas como a falta de tempo, a
preguiça, os problemas ou outras atividades que podem ser consideradas como “mais
importantes”. Cada coisa tem seu lugar e seu momento. Nos cabe ter a
honestidade, a coragem e a força de manter cada coisa em seu lugar na nossa
vida. Trata-se de dar a cada momento e oportunidade o seu devido e real valor.
Ganbatte! Oss!
Foram mais de 10 horas de muito esforço Físico e Mental e
muito Conhecimento, Dedicação e Respeito entre todos os alunos, professores e
ministrantes. Falando sobre o curso que teve como ênfase Kihon, Kata e Kumite
(Gohon e Ippon – entre para completar a leitura) todos os Sensei Edson Fujinori Nakama (Coordenador
Técnico ISKF – América do Sul), Hélio
Arakaki (6ºdan ISKF-Aluno do Mestre Sagara), Irineu de Assis (Vice-Presidente ISKF) e Fabio Capusso (Coordenador Técnico), deixaram bem claro a importância
de treinar e ensinar corretamente os conhecimentos deixados pelos mestres Funakoshi,
Nakayama e Sagara.
